sexta-feira, 20 de abril de 2007

Imortalidade Poética



Poeta adormecido que em mim descansa
Levanta-te e segue a poesia que nasce de tua alma
Incansavelmente à procura da mais perfeita confissão
Pra virar exemplo e inspiração pros que lêem tua mente num papel
Tira o véu que esconde tua face limpa
E se entrega ao ignoto mundo dos que sentem a vida diferente
Deixa ser da forma mais inocente
Numa rima simples e serena
Pra fazer nascer de novo o semblante da nova poética
Ressurgir o sentimento que consagra à vossa existência
Pra deixar algo no tempo, eternizado pro futuro
Tuas lembranças nas lembranças de quem lê
Pra nunca mais morrer, acorda desse sono...
E revela-te para sempre, para o mundo...
Assim, mesmo desacordado, morto, serás imortal.


© 2006 by Danilo Cândido

FOTO:Mário Eloy, Poeta, 1938 (Museu do Chiado).