Lágrima que tomba
No rosto ferido de dor
Onde não se compra
Nenhum pouquinho de amor
Esta rima inútil e pobre
É para esfalfar minha idéia
Como o último sendo
Um verso primeiro
Deste imprevisto, à ela
Me reporto com o desdém
De quem não o escreveu
Por isso, antes eu vivo
O desconhecido
E transcrevo tudo que
Não se sabe donde veio
Findo no meio,
Castro o poema
Para deixá-lo menos comum
Eis a estupidificação de mim mesmo
Caçoem mas assoem antes de tossir.
Nova Cruz, 2007. Todos os direitos reservados ao autor.
2 comentários:
A poesia nos concede o dom de organizar e desorganizar pensamentos e sentimentos. Retratam o coração.
Linda poesia, amigo!
"Por isso, antes eu vivo
O desconhecido
E transcrevo tudo que
Não se sabe donde veio"...
São as inspirações, não somente da escrita, mas da vida!
abs.
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