Algum dia retratarei o “gran finale” nunca visto
Darei o beijo não só na face, mas no disfarce também
Serei o preto e o branco e um carrossel
Que vai girar e transformar a dor em alegria...
Verei o dia nascer morrendo
E cuspirei no prato que não comi
Rirei de mim e da humanidade
Declamarei verdades podres
E mentiras sutis
Marcharei desarmado pra guerra
Matarei sem nenhuma gota de sangue
Irei ao mais infeliz e distante
Pedir um abraço e uma reza
Dormirei depois disto
Com a vida lá fora tentando entrar
Enquanto vivo a minha e tão somente minha vida
Que é mais viva que a vida que bate lá fora!
Num sonho, sorrindo com a mão estendida...
Danilo Cândido.2007
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