Faz de conta que não sou eu.
Não escrevo poesia nem poema
Não penso em nada que preste
Nem sei que horas são...
Sei dela, que espio na janela
E dele que vi pela brecha da porta
Sei da velha morta, quem matou?
Já descubro...
Sei do ente querido que acaba de chegar
Da criança que nasceu
Do Eliseu e da Maria
Que todo dia sai para a forra
Sei da nora do vizinho
E do redemoinho que isso vai dar
Por isso, faz de conta que não sou eu.
Danilo Cândido, 2007.
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