(sucinto e cantado)
Soube mesmo naquele instante
Que eu o mesmo não mais seria,
Se já não fora antes,
Tampouco agora viria...
(complexo e vazio)
Sou neste,
a febre e o frio
sou cada inversão do universo
não menos morto que um defunto
nem tão mais vivo que um transeunte.
Vomito tudo num verso
Me submeto à imersão.
Pertenço ao quarto... e ao quinto dos infernos.
Já devia ter previsto.
Talvez o último, talvez o próximo,
Talvez o fim.
Ou nada disto.
A ebulição, o furacão
via...
via de regra, via de fato
um branco e um vagão
pra me levar dessa invenção que beira o holocausto.
Publicado no Recanto das Letras em 03/05/2009
Código do Texto:T1573560
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Um comentário:
"Sou neste,
a febre e o frio
sou cada inversão do universo"
És tudo o que existe. És o teu mundo, teus poemas, tuas verdades, tuas palavras, teus gestos. Tudo equalizando em estados, ora caos, ora tchaus, ora felicidades.
Parabéns, como sempre!
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