Minha aversão destoa
Como faz o vento,
cria voz num zunido
que não se traduz.
Vem-me à boca um asco
Um casco de asno
Num semblante infeliz de paisagem
Sem dor.
Pouso num nada e passo a filmar
esta gente...
Os furtos, os fartos dos roubos
Os da gravata, os do “fumê”...
Os da vidraça, os do morro
Os que matam...
E os que vão morrer.
Decantar em desencanto
Uns cantos com refrão de paz,
pra quem sabe
dar sentido à luta e sair bem visto.
Pra depois...
Os da farda
Os da farsa
Os da forra
Darem o tom.
Na soleira do meu nojo
Meu invento ressoa
Pra dar nota ao protesto
Lê-se aqui manifesto
Deste abrigo de ratos
Codinome Brasil.
Danilo "brasileiro" Cândido. 2007.
2 comentários:
Lindas poesias como sempre, Dan!
=)~
Abraço!
Eita!
to vendo que eu perdi muita coisa por aqui =\...
quem sou eu pra falar isso , mas poxa , vc evolui demais cara!!!
brilhante....como sempre!!!
abraçosss
"O Poeta é um céu aberto,
suas palavras pairam no ar,
Com um sorriso pintado de anil,
usa os versos para ao mundo...falar...." by Gus Stanley
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