Alta brisa
Mansa e maciça em sopro
Vaga ao léu via corpo de mar
Sobe ao sumiço oco do fundo...
De cabeça abaixo e pra cima.
Faz a rima no ar
Sem ao menos ser fala
Zune alto e se cala
...
E se cala.
Pois que mesmo sem voz
Diz aos pés dos ouvidos:
Curva sou,
Curva serei
Em ar, e pleno voo, adentro e veloz
Em meados de calma
Brisa morta e ressalva
que o silencio é som de brisa,
manta invisível de veludo
macio,
da pele
do corpo
e da alma.