terça-feira, 25 de dezembro de 2007

Noite esta, tê-la tido, preferia eu não...perdi, será que dessa vez perdi o meu...?

rumo...agora em falta, fala...agora é falta do que dizer, resta...a angústia minha, quase a tua...


Eu.Terça, 25 de dezembro de 2007.

segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

Queda.

Desfiando o pensamento
entre tantos e tantos...instantes...
Honorífico o meu nome...
Nome de qualquer um
Os braços debruço
e passo ao próximo...
Sou na cama, um passeio
Sou do meio do nada...

Olhos vendados,
pé no abismo...
...vou cair.
Rir enquanto caio
No poço, fosso sem fim
Rir da desgraça minha
na linha que de mim
enleia o meio torto
e todo o corpo que vai cair...

Danilo Cândido...23 de dezembro.

sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Só isto.

Meu discurso
Meu culto ao deus-ninguém
Aquém dos meus...
Dos teus além

Desmorono...

Queria escrever algum coisa
Bem bonita...
Mas só me veio à mente...isto,
Só isto.

Danilo Cândido.2007.

O Cd voador




Meu ar nesta noite quase...
É um ar de “meu futuro não me pertence”
N’ouvido canção...
Cabeça e mão...pensando...

Queria ler o mundo duma vez só
E entender tudo sabe...?
Sem mais delongas...
Sem pró nem contra...

N’tão dê-me a conta
Do bar...do lar
Água-luz-telefone
Do ar...que respiro
Do espirro...

Vendo o meu discurso...
Uma bagatela...
Ponho na tela de uma tv
Como um anúncio

Do fim, um prenúncio...
Vejo apocalipticamente
Um mar a engolir
Um pouco de mim...
Tenta se matar...

Não creias demente!
De mente inteira...
Sou eira sem beira...
Sou luz, a centelha
Que irá te salvar!

Nem acredite nesta bobagem...
É melhor crer no disco...
Que disco que nada...
Agora é mais chique:
No Cd voador!

Danilo Cândido.

O lamento.

Dou-lhe...os mais improváveis poemas de amor
Ante a dor que o persegue
Que este me leve...tão leve e solto
Tão d’outro e não meu...
Dos teus olhos brilhando
Vejo os meus quase lá...
Parece tu, um espelho de mim...
Caímos numa igualdade tamanha...
É manha...de quem se diz amar
É o mar que não quer me afogar...
É burrice, mal costume...

Não passa de inverdade isto...
Renitente, insisto
E tu também...
Reticente eu minto,
Pro nosso bem...

Bem?Mas que bem?

Conversa inútil
Que soa fútil
Aos meus ouvidos...

É tudo uma forma de ilusão
Fugir do não...
Culpar o outro...

Dou-me ao tormento...
O meu lamento
Que escrevo aqui
Num ato sem nota
Num beijo entre a porta
Igual despedida. . .


Danilo Cândido.

terça-feira, 20 de novembro de 2007

Luzerna

Toda avareza deste meu decurso
Na forma da voz
Como num discurso

Palma das mãos
Dedos à tecla...
Olho meu, um binóculo...

Ponteio meus “is”
Com pingos de chuva
Chovo nos dias ruins...

Meus fins, são infindos
Minha alegria é um rojão
Meu reclame é toda a hora
Que posso desenhar num poema...

Tema pode ser este...
Um romantismo comum
Mais um desalento
Um repúdio qualquer...

Venha em luzerna
Do fim da caverna
Pro começo de mim...

Danilo Cândido.

sábado, 17 de novembro de 2007

Morto.


Matar o tédio num tiro
Atirar o tédio à ponte

Me aponte por onde
Seguir devo eu
Inda não morreu
Mas pode matar.

Danilo Cândido.

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Acaso

Da farsa tua e ilustre ela
Verso pra dar nota ao meu incauto pensar
Ar ao pulmão
Mão ao toque desta encruada música

Diga, pois, que o distante acaso
Haverá de ser meu mais belo poema.

Danilo Cândido.

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Destino digital

Cantei sob os encantos
Quis um conto dos teus réis
Pra pagar a voz escassa
que eu clamara aos teus pés

tarde d’outra vida minha
dar-te-ei minha alforria
nesta forma em papel

Um credo e a cruz
O buraco e a luz do seu final
Um sorrir casual

Tudo, mas tudo me parece normal
Queria poder deletar um destino
E digita-lo outra vez.


Danilo Cândido.

Plasmando

Mão no vespeiro
Que a vespa me dói
Rato na cova do morto
Sapo nadando no poço
Água do fundo que bebo

Tateio a face do desconhecido
E não me importa saber do fato

Mãos à deriva, corpo à espera
Enxergo a vida por uma tela...

Tela de plasma!
Quem tem uma, parece estar salvo.

Danilo Cândido.

Filosofia barata!

Daquelas que a esquina está cheia
Aquela do copo, do bar
-meu amigo e companheiro!
Diz o bêbado à mesa...
-a vida?...a vida é isso pô...é isso...

Cada desconsolo
Se transforma...
E põe pra fora
Um filósofo de meia tigela.


Danilo Cândido.

domingo, 11 de novembro de 2007

Passos



D’outro, deste não.
Põe a dúvida no foco
Flashes e fotos a guardar
Enquadram beijos, gestos
Olhares...
Na eminência do fim
Caia de mim um suspiro
Um choro...
Cogito um gran finale
Versos e flores!
Mundaréu de cores
Alegria!

Depois tudo passa...
Mas algo deste
em mim ficará.


Danilo Cândido, domingo 11 de novembro.

Dulcíssima (à "anja-deusa-mor"...Du Domeneghetti)

Dulcíssima (à "anja-deusa-mor"...Du Domeneghetti)

Ela é dona...tão somente ela
Dos versos e de outras invenções

Ao amor sorridente
A alegria pungente
Poesia latente
Na palavra, no verbo
No gesto, na voz.

Parece uma menina,
Meus olhos cintilam ao ler
Tão doce, dulcíssima...
Sinto um açúcar na boca...

Trago aos braços,
De longe um abraço
Que a distância não há de conter

Dou-lhe a alma minha
Como quem padece
A transformo em prece
Pra rezar todo dia

Ela é um canto raro
É um pássaro
É um vôo

Que o vento há de levar
No ar-ventania

Sem tornar o verso meloso
Sem deixar cair em desuso
A ela agora
Minha inspiração...

Doce encanto-canção...
Sinto um toque nas mãos
Afago estas...
Com a simplicidade calorífica
De um aperto...

De perto embora nem tanto...
Cachos de anjo
Docinhos
Flores...

...tudo poderia se chamar Dulce.

Danilo Cândido.

sexta-feira, 2 de novembro de 2007

Mãos que se dão sem nem se tocar.



Palavreando a mim mesmo
Dou-me a isto:

Sou da flor deste campo
Um pouco de amor
Um pouco de pranto
Que de tanto conter
Virou um encanto
Com ar de por que...

Empatamos na rotina
Não há sina neste caso
Nosso amor ainda rima
Não me inspiro por acaso...

Que este ensaio sirva
Pra dar nota aos dois.
Que o depois seja do ontem...
Ouça bem o que lhe imponho...

Sem deter-me a regra pura
Vou deixar vazar o verso...

Eu respiro, eu-reverso
Um protesto por você...

Largue o tempo agora,
Vamos!
Deixe ele de lado
Que do seu lado, tem eu....
Poema no ponto,
Ao próximo encontro...

Mãos que se dão, sem nem se tocar.


Danilo Cândido.

Escorbuto.

Por fora, o meu cismo.
que nem aforismo
irá frasear
ou dar nome a este ser.

Clivar corpo e alma
Num toque de calma
Que vai converter

Bandido em santinho
O anjo em demônio
O rock em samba.

Trata-se de propor
Versar sobre a dor
Que insisto em conter

Do meu raciocínio
Por vezes inútil
De minh’alma bruta
Que passo a talhar

Estou com escorbuto,
Sem vitamina...
Pela falta do’cê.


Danilo Cândido.

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Deus capitalista.


Luz, incandescência
Poeira, fumaça
Arranha-céu.

Passo-compasso ligeiro
Pressa, prece...
Vela e favela
Corpo velado
Abandonado,
Indigente.

Monte de lixo...
Mendigo e doente
A desgraça
E a graça do espírito santo!

O futuro nas mãos de um deus
Deus que nos livre,
Que nos proteja...

Será que Bush é um deus?

Os subnormais merecem!
Merecem a fome e o desalento
Merecem um barraco de papel
Mas deus proverá!
Assim como o Banco Mundial.

Os infelizes sem posse
Merecem uma ajuda do governo

Os templos ostentam,
Mas guardam um deus,
Um deus capitalista.

Eu não ia dizer...mas fica entre nós,
Esse deus,
É a cara do papa,
E de um bispo protestante.

terça-feira, 30 de outubro de 2007

Venceslau

Venceslau
Seu semblante dolorido
Seu ar expurgo
Homem nojento

Barba mal posta
Sobre a face mal feita
Num desenho desproporcional
Tem um olhar de morte
Que chega a dar vontade de matar duma vez.

Este é seu prólogo:
Nasceu das entranhas usadas de sua mãe
Chorou depois de uns tabefes
Pra depois criar-se seco de choro
De tão largado...
Sem pai de fato,
A mãe?
Somente o pariu
Nascido em brasil com “b” minúsculo
Criou-se um crepúsculo ser.
Embebido em álcool e desesperança

Em nada crê
Não teme um Deus
Nem vê no voto uma salvação.

Tudo para este infeliz
Resume-se á uma noite mal dormida


Danilo Cândido.

domingo, 28 de outubro de 2007

Poeta pós-moderno.


Poeta do hoje, que imprime no verso da folha digital
Seu rosto em fonte “arial 12”
anexada num e-mail endereçado ao outro mundo.
Dilemas iguais aos dos demais poetas
Bebe no ontem seu gosto por ela
Cospe na folha um mundo e o carrega.
Frutos da invenção pós-moderna
Tecla nos dedos, olhos na tela
Sou filho dela, inda em formação...

Poetas e poetas!
Será que Oswald de Andrade
Pararia pra me ler?


Danilo Cândido.

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Asco

Minha aversão destoa
Como faz o vento,
cria voz num zunido
que não se traduz.

Vem-me à boca um asco
Um casco de asno
Num semblante infeliz de paisagem
Sem dor.

Pouso num nada e passo a filmar
esta gente...
Os furtos, os fartos dos roubos
Os da gravata, os do “fumê”...

Os da vidraça, os do morro
Os que matam...
E os que vão morrer.

Decantar em desencanto
Uns cantos com refrão de paz,
pra quem sabe
dar sentido à luta e sair bem visto.

Pra depois...
Os da farda
Os da farsa
Os da forra
Darem o tom.

Na soleira do meu nojo
Meu invento ressoa
Pra dar nota ao protesto
Lê-se aqui manifesto
Deste abrigo de ratos
Codinome Brasil.

Danilo "brasileiro" Cândido. 2007.

Tropa de Elite!




O filme Tropa de Elite é um sucesso nacional. Antes de ser lançado no cinema, grande parte dos brasileiros já tinha acompanhado as aventuras do “rambo brasileiro”, capitão Nascimento. Com ímpeto, garra e bravura ele mostra como devem ser tratados os “freis Titos” do sistema, mostra como a tortura é um elemento fundamental para se conseguir algumas informações. O público vai à loucura, adora, pois marginal tem que matar mesmo. O Luciano Hulk já disse: chama o “capitão Nascimento”, só ele para nos salvar. Pois é...imaginem um monte de Nascimento nascendo por este Brasil brasileiro, e o monte de sacos sendo utilizados em nossas delegacias. Vamos torcer também para que eles ataquem os consumidores de drogas, sim! São esses maconheiros que financiam a violência no país. Tá certo, o filme que metade dos brasileiros assistiram era uma cópia pirata, mas cópia pirata pode, maconha não. Maconheiro tem que ir preso, principalmente se for universitário, esse sim, é quem mais financia o tráfico. Assim disse o maior exemplo de imparcialidade da imprensa escrita no Brasil, e veja que eu nem li a reportagem. Mas a Veja é como Luciano Hulk, não dá para acreditar neles, poxa!a revista Época estampou em sua capa: “Ele merecia ser roubado”?, o taxista pode, o motorista de ônibus pode, o moto-boy pode, enfim todo brasileiro pode ser assaltado, o “Lu” não. E se for, chama o capitão Nascimento, ah e não esqueçam, quando apanharem na cara da polícia não se preocupem, a sociedade está do lado da truculência policial, e quando a sociedade apóia, apanhar fica mais tranqüilo, no meu caso não vou chamar o capitão Nascimento, vou chamar o Ojuara, que além de ser mais divertido, é uma ficção, já o Nascimento...

Por Ricardo Câmara.(graduando em Geografia / UFRN)

domingo, 21 de outubro de 2007

Submerso

Há de vos ter bem nas entranhas
Que a estranheza não esconde
Altar na ponte
Logo debaixo, um mundo-mar

Mundo este, que me há de servir
Como sentença analógica (de analogia)

É como o eu, que se perdeu
Ante este breu de inconsciência.
Que afundo, ao fundo das tais águas de sal.

Indecência vossa é não me crer como verdade
Sou mesmo o mar,
Sou mesmo o mundo
Um ser imundo
Um desigual.

Da abissal profundidade deste habitat...
À terna vida que hei de ter à superfície

Se o mesmo vazio aguado meu
chamam de mar
Eu chamo de “eu”
Tudo isto que vos disse.

Danilo Cândido(20/10/2007-03h)

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Minha sina.

Estes tais, que a ler me ponho
-poemas-
São os emblemas de meu percurso em terra firme
Os pés, são passos por sobre os pontos e as reticências...

Estes tais, que ao ser proponho
-poesias-
São a alegria e a destreza que se perde deste menino

Me torno um hino
Soar de sinos,
e a minha sina será só esta.

Danilo Cândido. outubro 2007.

Campo minado

pé sobre o outro
fé sobre o passo

campo minado.

mina no campo
corpo do lado

fé sobre o outro
pé sobre o passo.

Danilo Cândido.2007.

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Híbrido


O amor é híbrido
Quase desumano
Malsoante e íntimo

Sinto, como sinto necessidade
De ir ao banheiro
Nada romântico, eu sei
Mas nem sempre o amor é tão romântico
Às vezes nunca é.

É mesmo uma droga,
E o vício que nasce dela.


Danilo Cândido.


*imagem: Amour de Danièle Jasselin.

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

FRUSTRANTE.

Isto aqui nada mais é, que a falta que me falta ter,
nada mais é, que a persistência minha de jamais deixar um branco vazio.

Isto é nada.E o que é?

É o pulo do alto da ponte.
É um ponto no meio da frase.
É o corte talhando a carne.
É um corpo estirado na pista.

Nada disto.É apenas a minha frustração.

terça-feira, 9 de outubro de 2007

Defino a mim mesmo, como um fino pedaço de qualquer coisa que a qualquer momento se romperá, resultando num outro pedaço de qualquer coisa que não servirá para nada.

domingo, 7 de outubro de 2007

Desejo e ecolalia

- O que é que você quer ser quando crescer?
- Poeta polifônico.

1995.


Waly Salomão. Do livro Algaravias: Câmara de ecos.

"Indefinida-mente"


Que a poesia polifônica do Waly soe cômica,
ultrasônica e ressonante,
não distante como um japonês.

Não desconsiderando meu próprio instinto
e a minha eterna e íntima crença no infinito
e nas cores do universo inteiro.

Eu marco cada passo,
como quem monta a cabeça quebrada
do quebra cabeça.

A cada pronúncia poética,
me perco mais um milésimo de segundo daqui,
me sinto um disco-voador...
e cada vez que desapareço eu pareço mais longe.

Sinto que sinto...que estou cada vez mais perto do indefinido.




Danilo Cândido, mais um dia...menos um, deste outubro.

sábado, 6 de outubro de 2007

...(inda sem título)

Ode aos ratos
Aos monges
Aos maços de cigarro
Aos fumantes

Aos distantes
E a ponte
Que aponte o outro lado

Que outro?
Que lado?

Sei que regirei com voz altiva
Qualquer que seja a tentativa
De me deter

Pode ser que mate
Ou somente deixe morrer...

Que a rima idiota e incipiente
Não me vença por modismo
Ou comodismo

Que da regra se fuja...
Ao menos aqui
posso escrever qualquer coisa
que me vier à cabeça.


Danilo Cândido.

abandono

Tu não devias na noite deixar
Como se deixar fosse trazer-lhe um bem

Seja um não que confesso
Seja meu mundo inverso
Que seja...
Nos três pontos
Que apontam idéias
Tudo ficará
Bem no meio das mais loucas idéias

As vezes escrevo sem juntar
Mas quando junto é como se tivesse pensado bem.


Danilo Cândido.

sexta-feira, 5 de outubro de 2007

O vidro.



O vidro bem desenhado é vidraça.

A traça não pode comer o vidro.
Mas o vidro pode esmagar a traça.

Então traça teu rumo, passa...
...bem longe do corte do caco do vidro,
Ou então deixa cortar
Pode ser que sejas fã de uma desgraça
E o vidro sob o toque avermelhado do sangue,
Pode até ficar mais bonito.


Danilo Cândido.outubro.

terça-feira, 2 de outubro de 2007

O desuso da musa.

Vou deixar a musa de lado.

-Ode à bela e ao triste amor de sempre-

Que ri, e que dói, e corrói...
É quase sempre regra para os poetas
E daí?
Daí que vou ser menos açúcar
e serei mais fel.
Cairei junto com ela
em desuso pleno,
não mais que pleno e deplorável.
Pobre musa que só ela...

-Quem alimentará seu ego volátil?

Danilo Cândido.

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

(ím)par.


Uns são par, então dois... são ímpares?

Que sei é que não sou todo rima,
mas pretensiosamente
posso crer ter nascido poeta.
Senão, não me era tão viciado,
viciado em denotar beleza
onde só há um cinza tom de morte.

Danilo Cândido. 1º de outubro.

Se acho, é porque não tenho certeza.

Aos que não me entendem

Se fosse pra entender na primeira linha
Seria linha do trem
Ou a linha do horizonte
Eu não seguiria nenhuma linha de raciocínio
Seria qualquer coisa, escrita de qualquer jeito.


Danilo Cândido.

SENTIDO


Entre a minha (de)existência
ante as tuas verdades,
e a insistência em querer a fuga.

“Co- romperam” teu discurso profético.
Não é ético adivinhar ou ser profeta,
vão lhe taxar de macumbeiro,
desordeiro, homem do cão!

Porque somente Jesus
pôde lançar suas apostas?

Digo isso pelo direito igual
pelo banal, ao vazio...
...vazio este, que me enche a cabeça,
de qualquer coisa com pouco sentido.
Desisto de ser causador do futuro,
quero fingir que vivo, pra quando morrer
nem me dar conta.


Danilo Cândido, assim, neste novo outubro.

sexta-feira, 28 de setembro de 2007

VaGo

Tudo que tenho escrito parece vago
Parece...
Vou então nas reticências de meus pensamentos, esvaziando...
E o vazio é quem parece me escrever
Mas pensando bem, não é tão vago
Parece ser...parece
Mas não é
É que agora sou mais real do que antes
Esse “real” talvez seja oco
Esse oco talvez seja pouco
Pra comportar tanta coisa...
Por isso desapareço
Numa frase , num pedaço de idéia
Penso que poderia pensar com mais calma
Mas logo mudo de idéia e continuo ...

Do vago que parece cheio
Do cheio que parece meio
Do meio que arranco o fato
Do fato que vou transformar em poesia
Da poesia que me fará ser meu próprio ar
Deste lar não tão doce
E agora frio...
Tudo que tenho dito, parece vago
Parece... mas não é.

Danilo Cândido.neste setembro...

"Aforisma"

Origem: Wikipédia.

Aforismo (ou Aforisma) (do Latim aphorismu) é uma sentença que em poucas palavras se compreende princípio moral.

"Aforismo significa explicar o que é Aforismo em poucas palavras" - Tharley Mota



A vida é uma invenção, nasce do mal, do banal, da vontade, e depois ela mesmo se mata.

Danilo Cândido.

Serafim


Será fim,
Ou de mim recomeço?
Um tropeço
Que padece num sim tremulante
Um menino de olhos vermelhos
Que não é benjamim
Vem a mim quase estanque
Carregando seixos
Pra espalhar no jardim
A verdade é que isto é pretexto
Pro texto fugir do seu foco
Aqui queria em proclame
Dar nota ao fim, do Serafim
De olhos vermelhos
Que padeceu
Pobre ele morreu
Depois dum tropeço
Caiu trepidante ao chão
Sem expressão...
Espalhando de sangue os seixos
Do efêmero jardim.

Danilo Cândido, neste setembro...

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

NADA.


Nada se mexe...
Nada.
Nada me deste...
Nada.
Me deste o olhar...
O ar me deste.
Mais nada.
Continua a não se mexer
Pra depois virar nada.
Se souber nadar,
Talvez do nada consiga se salvar.

Danilo Cândido.

Pensando em nada, só podia dar em nada.

Santo Homem.

Mais um pra vala comum
Quem sabe depois de morto
Eu vire um poeta...
Quem sabe depois do "pôr", antes do "vir"
Quem sabe de mim?
Pois eu que não sei.
Portanto, mais um na retumba
Do tombo, pra tumba ou pra vala comum
Eis meu auto-consenso:
Um homem só é santo
Se morto estiver
Enquanto ele vive, é apenas mais um.


Danilo Cândido.

sábado, 22 de setembro de 2007

A verdade do domingo

Eis portanto, pura e seca, a verdade do domingo
É tristemente melancólico
Traduz um tédio que quase me tem
É sério!
A noite então, é vazia e morta
Quem inventou este dia?
Quanto desencanto ao pobre domingo
Acho que nunca passou disto
Nem jamais deve ter amado.


Danilo Cândido...

As aventuras do Pato e sua Mania de ventania, em: O último ato(?)



O último, que entendo por ato, o tal ultimato
Entregam-lhe fatos, e deles tu fazes nascer mais uns mil...
Este, o tal último, me parece mais calmo e menos febril
Com cara de choro talvez, e a ansiedade de quem vai partir
...Partir? só se for o meu juízo de tanto se perder por entre os recortes...
Tenho a sorte de vos ter nas mãos, e ler
Tenho mais sorte ainda de saber sumir quando leio
Sou mesmo deste meio, dos doidos varridos, e quem varre?
-Os ventos.
Os ventos e essa tua mania de ventania.


Homenagem a um amigo distante...cearense cabeça de pato! hehe!

Danilo Cândido, setembro deste ano.

Ao meus montes de versos
Aos meus e aos teus tão dispersos ...
...Olhares!
Que buscam fugir...

Condição

Na condição de homem
Eu cumpro
Na condição de menino
Reclamo
Na condição de poeta
Declamo
Na condição de gente
Eu grito!

Há de haver
Ter de teremos
Ser de já somos

Verei nascer ou rebentar
Direi dizendo o que calar
Serei do mar, como o peixe é
Terei o peixe pra matar a fome
Qual é teu nome?
Qual é?

Tem de haver
Havemos de ter
Seremos quem somos

Sou mais um destes
Ou menos um
Que vai escrever pra desarmar
Que vai amar depois de ler
Depois pro mar, onde afogar
Indica liberdade!

Embora tarde pareça ser
Tarde jamais será
Inda mais se falando de mar
Que se deixa navegar por ele mesmo

Há de ter
Terá de existir
Nem que seja longe daqui
E a condição pra se deixar
É a mesma de todo poeta
Amar e amar...


Danilo Cândido.

sexta-feira, 21 de setembro de 2007




MAIS UM PRA VALA COMUM, QUEM SABE DEPOIS DE MORTO EU VIRE UM POETA.

Saber


Sou eu quem?
Digo que sou nada mais que ninguém
Sou brisa, sou brasa
O próprio inferno!
A fulga e o medo de errar
O erro que me impede o acerto
Rima sem rima...
Amor sem poesia
Eu, quem sou?
Sou aquele palerma que tem o controle...
...mesmo que seja o remoto
Já não sou mais tão certo das coisas
Sou aquele indigente sem nome
A fome dele, também sou eu
Já não sou tão entusiasta
Perdi a força, busquei a farsa
A farsa.
Agora eu sei quem eu não sou.

Danilo Cândido, setembro de 2007.

terça-feira, 11 de setembro de 2007

Aleluia!



Sem o semblante dolorido não há quem consiga, e o paraíso ainda exige:

I.1/3 do que ganhas em dinheiro
II. Que grites vorazmente para louvar (a quem?), e caía no chão.
III. Que se exclua das coisas do mundo(como assim?)
IV. Que não use camisinha(xiii)

Conclusão: Se quer fugir do inferno, fuja antes do paraíso.

Danilo Cândido,2007.

Confesso.

Pode ser que a noite vaze
Tudo o que foi confesso
Pode ser que este verso
Ganhe ali outro disfarce
Pode ser que enquanto durmo
Eu desista deste mundo
Pode ser, e pode não...
Eis então,
Que vos digo
Na condição de puro amigo
Que não há mais relevância
Há tão somente a distância
Tão confinante quanto o presente
Tão esclarecida quanto demente
Que vai tomar-te o tempo das mãos
Como quem canta uma bela canção...
E fazem isso pra lhe distrair a alma
Com toda a calma
De quem sabe o que quer
Querem o fim, do próprio fim
E de mim
Querem apenas uma confissão.


DANILO CÂNDIDO, SETEMBRO DE 2007.

sexta-feira, 7 de setembro de 2007

Escravo!




Cabeças emersas
Em banho maria...
Da luz ...
Do espírito
O “santo”?
Multidão uniforme
Esvaziando a consciência pensante
Sendo antes de mais nada um templo.
Não são mais gente!
-São servos de algum senhor!

sábado, 1 de setembro de 2007

Materna

Tão bela canção, que distante do tempo
Sorri mesmo triste uma inspiração
Canta o amor fervilhante
Do pobre homem amante
Que do cansaço arranca declarações
Pra depois vir em dor
De mão dadas
O amor, o mesmo fervil
Dilacera e retoma o tal homem, sozinho
A tombar nas beiradas de estradas sem rumo
Num vazio
- Que os anjos o protejam meu filho!
...e o amor se perdeu...


Danilo Cândido, agosto de 2007.

Inspiração




Quintana de bolso me inspira
Bandeira, o Manuel
O próprio branco morto do papel
Eu mesmo e os meus...
E passo a reescrever minha história de vida
Nas noites quase sem sono
No meu próprio abandono
Nas estrelas, no céu e na lua
E olhar pro teto,
Ou pisar num inseto
Ou correr deste incerto mundo real...
Tudo isso me inspira.

ESTAS HORAS...

Estas horas, que desaproximam
São locuções temporais
Quase rimam
Ante o silêncio
Sei que não quero deitar antes de tê-la nos olhos
Como um grão de areia...
Entre os outros milhões
De grãos...
Cada noite é um fim...
Neste fim quero eu findar
Perto da tua voz
E certo do teu amor.

Danilo Cândido.

A mim mesmo.

Eis me aqui em verso e disperso nas letras
E nas sombras do medo do lado de fora
Na demora do tempo e da hora
Que embora não vai
Eis me aqui neste insumo que dá poesia
Neste dia que quase já é
E penso que posso ser deus
Penso eu
Que posso criar
Uma solução, uma cura
Numa frase corrida
Numa rima desfeita
Num poema sem rumo
Num segundo de morte
E na sorte que tenho nas mãos.

Danilo Cândido.

Do mar

Do mar depois...
Quero uma gota
Que me fará sentir tão mar
Quanto o próprio
Enquanto navego na tua idéia
De liberdade
E na verdade que vem em ondas
Do mar depois quero um mergulho
Que desafogue o meu pesar
E me eleve o pensamento
No mar pretendo excetuar o meu discurso
No mais profundo esquecimento
Depois sonhar com um navio
Que guiará o meu percurso
Até as terras do além...
E do mar, depois...
...Quero uma gota.

Danilo Cândido.

Vinho

Vinho!Uma taça deste branco
Embebido em minha vontade
Que sinto longe
Tinto!Pra matar o juízo
E salvar meus delírios
Num balanço...de taça
E no sorriso em enigma, que disfarça
Depois do gole, toda sorte deves ter
Um brinde então
Ao meu pensamento quase embreagado
À uva, ao vento
E ao vinho que não bebi.

Danilo Cândido.

Eis o poeta!



O poeta!
Inventor e amante!
Que daqui anos-luz
Se reduz a uns versos
Pretérito mais-que-perfeito
Rarefeito e disperso
Quase um feito de perfeição
Um ato de contrição
Uma reza atenta e bem dita
O poeta!Tão ele e tão só
Só perde seu amor
Por aquele outro...
Que lhe traz inspiração.

Danilo Cândido

quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Sobre mim.

Poderia nesta noite deitar
Como se fosse pra isso
Poderia declamar meu amor
Pra ninguém que me ouve
Espero o silêncio tombar
No meu ato solitário de pensar
Que se esconde neste vão
Desta noite a qual me deito
Um céu, que deduzo
Pelo simples fato de estar sob um teto
Não é viável viver sem ter um céu
No qual o olhar se perde dos meus olhos...
Por debaixo deste há um protesto
Sobre a noite, sob um teto...
Sob uns versos e sobre mim.


Danilo Cândido. 30 de agosto de 2007.

segunda-feira, 20 de agosto de 2007

Até a morte, quem dera...

Um ato despretensioso, e ocioso...só porque não quero mais pensar como antes?!
O nosso distante futuro, escuro só ele, e vazio
Faz um frio lá fora...
Não obstante eu vejo, um semblante multicor
Nos teus olhares em desencontro, nos quais encontro um conforto ao olhar

Um bem-estar mal sentido...
Um sentido sem norte
Um aporte pra sorte
Me fazer entender ...

Um querer tão bem quisto
E por isto eu me vejo um amante
De um amor empolgante
Tão forte...que o mar secou
Empatou o vento...
Provocou tormento
E matou.
Matou a morte, pobre ela
Até a morte quem dera,
Também se apaixonou.


Danilo Cândido.Publicado no Recanto das Letras em 14/08/2007
Código do texto: T606157

sexta-feira, 17 de agosto de 2007

Os sapatos.

Bati a porta...e sem mais despedi
Não mais vi quem queria...
Vi o dia renascer
Vi a morte pedir licença e passar
Vi o menino correr descalço
...e calei
Diante da porta, já fechada
Deixei os sapatos como lembrança
E ai de quem os tirar de lá.

Danilo Cândido, 2007.

Incerto

Das coisas...
Entendo que são do mundo
que são da ordem do progresso
Que são do universo
E não são minhas
Meu é o teu desespero
A tua voz-pensamento
E o tormento eterno
da incerteza que vejo de longe
Bastando olhar para eu crer
Na certeza do incerto...

Danilo Cândido.2007.

DELÍRIO

Dos meus delírios
Um só cabe ao meu coração
Um só me faz reduzir a alma
A um singelo eu te amo
E desperta sem pressa
Um sorriso de ternura
Vestido de arte
E da parte do meu ser...
Que a ti pertence.

Danilo Cândido, 2007.

Viciante

Quando do corpo me perco
Invento e desisto por um milésimo...
...da vida de fora
E agora?
Me vejo sonhando, sorrindo, cantando
Na mais viajante das idéias
Sem tocar um vício sequer...
A não ser o vício de ser poeta

Danilo Cândido, 2007.

terça-feira, 14 de agosto de 2007

Sem distinção...

Do tempo...

Será?
Não sei...sei do tempo que passa
Sei da hora que embora me tenha nas mãos
Não me faz de babaca
Sei também das onze horas que vão se indo
Pra perto das doze...deixando a noite em metade
Sei eu da vontade...e do sopro friinho do vento nos pés
Pra calar o silêncio do grilo...que fala pra noite
Até ela ir...
E vai...com o “não saber”, um querer que virá
Um sorrir de verdade, com vontade de estar
Dentro das horas que sonham
Com o teu abraçar...
Será?
Não sei...sei do tempo que passa...

Danilo Cândido, 2007.

Alheio...

Eu não consigo estar aqui...
Consigo estar aqui quando este aqui sou eu mesmo
Em mim, sou tão poeta quanto o Carlos, o Mário, o Manuel...
Um céu de estrelas, um mar delas
Ofuscam o que vêem meus olhos
Enxergo agora com a alma deles
E com a minha é claro...
E escrevo como quem conta ondas, ou estrelas
Como quem sonha ser pássaro
Navegar neste mar, ou voar neste “ar poesia”
Vou-me embora, porém, bem antes do dia ser luz
E antes, do bendito final feliz.

Danilo Cândido,2007.

Faz de conta

Faz de conta que não sou eu.
Não escrevo poesia nem poema
Não penso em nada que preste
Nem sei que horas são...
Sei dela, que espio na janela
E dele que vi pela brecha da porta
Sei da velha morta, quem matou?
Já descubro...
Sei do ente querido que acaba de chegar
Da criança que nasceu
Do Eliseu e da Maria
Que todo dia sai para a forra
Sei da nora do vizinho
E do redemoinho que isso vai dar
Por isso, faz de conta que não sou eu.

Danilo Cândido, 2007.

A crença

Ele me disse
Que vai chover
Que vou morrer
Que posso crer no que eu quiser
Posso crer:
No poeta, no padre, no pastor
No ator da novela
Posso crer no jornal
No aquecimento global
Num sorriso banal
E na verdade...
Na surrealidade
Na sua...
Na mulher nua
No político
No traficante
No livro velho na estante
No virtual
No “Não real”
No desigual
E no porvir...
Nas estrelas como sendo donas do céu
Na carta dita oficial
No policial e na propina
No corpo da menina
Crer eu posso...
No amor e na dor
Na justiça social, tão bonita...no papel
No véu...da noiva
Na uva do vinho
No El niño
No presidente da república
Nos filhos da puta
Na culpa
Na copa do mundo
Em Seu Edmundo da esquina
E no ministro da defesa
...e na musa do carnaval
No sonrisal posso crer
Pra depois na TV
Ver que sou tão igual
E volto a acreditar naquele
Que me disse,
Que vai chover
Que vou morrer
Que posso crer no que eu quiser.

Danilo Cândido. Publicado no Recanto das Letras em 14/08/2007
Código do texto: T606188

domingo, 12 de agosto de 2007

Outro plano

Aonde eu caio...
Num desnortear, num ar de pureza
Na mais plena certeza
Tão certa...e bonita
Eu me distraio do resto
E empresto aos teus olhos
Um sorriso calmante de quem quer um bem
Tão imenso e propenso a querer tua calma
Em forma de alma...transparentemente desigual
Os meus planos nos teus...
...encantos de outrora
D’aurora dos olhos
Da hora em que seremos espírito.

Danilo Cândido.Publicado no Recanto das Letras em 14/08/2007
Código do texto: T606591

Algum dia

Algum dia retratarei o “gran finale” nunca visto
Darei o beijo não só na face, mas no disfarce também
Serei o preto e o branco e um carrossel
Que vai girar e transformar a dor em alegria...
Verei o dia nascer morrendo
E cuspirei no prato que não comi
Rirei de mim e da humanidade
Declamarei verdades podres
E mentiras sutis
Marcharei desarmado pra guerra
Matarei sem nenhuma gota de sangue
Irei ao mais infeliz e distante
Pedir um abraço e uma reza
Dormirei depois disto
Com a vida lá fora tentando entrar
Enquanto vivo a minha e tão somente minha vida
Que é mais viva que a vida que bate lá fora!
Num sonho, sorrindo com a mão estendida...

Danilo Cândido.2007

sábado, 4 de agosto de 2007

Este...

Mundo este
Eu mesmo não o recuso
Sou dele...
Mas dele me esquivo
Em outros tantos...e tantos
Entre uma reticência e outra
Mais um segredo e mais poesia


Danilo Cândido. 2007

sexta-feira, 3 de agosto de 2007

Surreal




Raízes e entranhas, parceiras dum abismo enterrado, no mais absorto infinito eu. Amortizando as opiniões, as inversões, as colisões...tudo é mental, surreal, somos real quando pensamos, apenas quando pensamos, do contrário somos apenas aquilo que se vê, entre um infeliz discurso e outro subjaz o fato, que antecede o ato e se faz real, e o que vemos real não é,o que pensamos sobre o que vemos, isso sim é real. Às vezes me canso de tanta coisa, que poderia sumir na fantasia para sempre, mas aí paro e penso melhor, a fantasia já estou vivendo, é a própria vida, a vida que vivo, e a que vivem por mim. Que tanta idéia me valha ao menos de consolo quando eu precisar ser consolado, ou de suporte pra eu suportar o insuportável. Eu neste mundo, sub...normal...num subsolo, bem lá embaixo da solidão e das minhas realidades proibidas.

Danilo Cândido.Escrito no dia 7 de junho e no dia 2 de agosto de 2007.

Presbiopia




Prestes a presumir meus ímpetos comportamentais numa sentença verbal
Que diga ela, ou que ao menos tente dizer
Dizer uma vida numa linha só
Aí são de uso livre as prerrogativas que puder usar
Então vou usá-las
Vou dizer que estas coisas que escrevo são vidas refugiadas
De quem pulou o muro...e passou pro outro lado sem deixar a vida
Só não enxerga quem não saber ver de perto.

Danilo Cândido.2007

terça-feira, 31 de julho de 2007

O meu progresso!

Desordem é progresso!
Mente parada provoca dengue!
Eu?Fujo do pecado por isso não vou à igreja
Enquanto se escondem
Vou invertendo pra converter
O que antes não era
Vai passar a ser.

Danilo Cândido. 2007.

sexta-feira, 20 de julho de 2007

Tardia

Tardia...se vai...
Calada só ela
Levando nas costas...estrelas
Sob o silêncio...dessa findada noite escura
Morde tua ansiedade...nua e crua
Cobre ela...cobre
Foge dela...foge
Se faz sorte
A tua própria, tardia, mas tua...


© 2007 by Danilo Cândido

A beleza...

A beleza, o belo!
Eles!Onde estão...?
Na tele-visão...na fala celular
Na marca que marca a quantia no bolso
No poço das futilidades públicas
Eles sonham com um outdoor
Com um amor conversível, parecido com uma Ferrari
Com um beijo caliente de Hollywood
Com flashes e ao menos 15 minutos de fama
Querem estar na próxima trama das oito pelo menos...
Isso é bonito!
Então celebremos sem dó e com toda altivez possível...
...VIVA!
A demência humana e toda a sua beleza!

© 2007 by Danilo Cândido.

Descrito



Descriturar aquele verso bandido
Das folhas secas que feitas de papel se foram...
Ecoando sob a sonoridade sonífera
A matar num sono!
Da fera se fez bela...
Poesia clichê!
Cheias de coisas bonitinhas pra se ler
Vou reverter
Em tantos “não sei”
Quantos me forem permitido dizer
Ser apenas o que posso...
E aqui posso...
Não calar
Não fingir
Não deixar o “ser”
Sendo o ato de pensar
O próprio fato...

-Vou deixar escrito num verso o meu amor!

© 2007 by Danilo Cândido

domingo, 8 de julho de 2007

NÓ!

Cada voz tua...que são mais de uma voz
Tão algoz e crua se faz em nós...nós que não desato
Um ato...o amor enlaço em teus sorrisos
Abraços!perdidos são eles...num descaso...
Meu vazio...
A mim dor que sou...prendido a sete chaves
Desnorteando...desnorteado...
Cego perdido...vedado ...
É dada a sentença...cabeças vão rolar
Enquanto isso palavras...vem tortas...e entortam
Desentortam sem nem notar...fazem ser delas herói...
Faz a minha, tua voz...nua e repleta de nós que não se deixam.


Danilo Cândido 2007.

sábado, 7 de julho de 2007

Tempo...tempo...

Um rio...ele corre, e leva o tempo
Tempo?ele morre...depois vira rio
E de novo deságua...nalgum lugar qualquer, ou no mar
Conto as horas, como quem conta os passos pra se atravessar um rio...
O mesmo que corre e leva o tempo... O Tempo que vai como um furacão,
Volta como um resquício de brisa,
E se aconchega na cabeça dos desavisados sem pedir licença,
E faz de cada minuto uma a história, cada momento uma memória...
E me deixo levar pelo rio, ou pelo vento... A transformar o tempo numa odisséia ...Num grito, ou num tique-taque...
Segundos perseguem minutos, que seguem as horas, e os dias se vão...
E as águas da vida continuam no seu ciclo ocioso,
E o vento dos anos continuam a soprar de norte a sul, de leste a oeste...
Seguindo as regras desse mundo velho,
Império de senhores e de tempos.

Danilo Cândido e Gus Stanley. Todos os direitos reservados.
“Diáspora”

Um clamor...se apercebe num vasto silêncio
Lá fora no meio das verdes árvores
Cantam liberdade...os pássaros
Em notas intraduzíveis de quem sabe guardar (em)cantos...
Enquanto um ser em revoltas...quase um diedro
Se agarra sozinho aqui dentro
Liberto? Inda não...
Quem dera ser pássaro...
Numa arritmia cardíaca sufocante
Por novos ares...
Tão novos quanto a velha vida minha
Que se prende nas também velhas e carcumidas intenções humanas
E antes que a mim neguem o direito à inferência
Agirei... Mesmo já no caminho da dispersão
Pois este é o caminho
Que me trará de volta.

Danilo Cândido 2007.

segunda-feira, 28 de maio de 2007

Pequeno manifesto, ou desabafo mesmo, em prol dos poucos loucos que me lêem!

Louco? É quem se diz são... A verdade é que todos somos loucos...Tresloucados...desprovidos de juízo, ante a esta conclusão chego a um infeliz final, a verdade é que temos que encenar a sanidade, mentir pra ser fiel às boas maneiras, rezar pra ser bom moço e ir pro céu, fingir que você não tem opinião, e simplesmente dizer: - Sim eu me rendo! Me rendo e desisto de ser “homo sapiens- demens”, desisto mesmo...epa! eu mesmo não, embora não seja tão louco quanto quisera ser, eu acho que as vezes penso...é, talvez mais que muita gente por aí, talvez não, com certeza...e isso me torna um “canibal da mente”, isso mesmo, querendo devorar com o pensamento tudo o que for dito, escavar cada palavra ouvida...bater na cara com a minha própria verdade, que não é mais ou menos verdade que qualquer outra, mas pelo menos é a minha...e não a dos outros.
Infelizmente o homem, tende a seguir pelo caminho mais curto, sempre foi assim, facultam poderes transcendentais à gente como a gente, pra garantir sua vaga no paraíso, que paraíso? O brasil em particular é uma “nação amorfa”, o país da democracia racial que oferece cotas pros negros ingressarem na universidade...igualdade?! paraíso tropical, onde se vende mulheres nuas como principal cartão postal, país onde a Tv aliena e não instrui, onde os políticos, ministros, juízes...roubam e roubam, ah mas elegeram Collor outra vez, um exímio ex-presidente do “caos república” que nunca nos deixa, elegem também uma penca de caricaturas de gente, que vão ao congresso pra aparecer nos holofotes da mídia, com discursos de “viemos para mudar...” e mudaram, transformaram o congresso numa espécie de “Big Brother”, onde todos entram pra ganhar um milhão, ou dois...(se bem que sempre foi assim...) Pois é, e aonde estão os brasileiros nessa hora? Muitos deles, a grande maioria, estão esperando a novela das oito começar.

sábado, 12 de maio de 2007

Grilos!

Lá vem sonífero ao fim da noite
Lá vem o grilo a cricrilar
Vem de lá, de lá de longe...
Vem e se esconde...num realejo...
Vem de mim, que nem de onde sei...
Lá se foi e nem conta me dei
poetizando ando eu como sempre andei...
Enquanto os grilos lá do mato vêm
E se fazem mais deles em minha pobre mente...
Se fazem, desfazem, refazem...são eles...
Grilando, salteiam... cabeças?!as minhas...vagueiam.

© 2007 by Danilo Cândido

Ornato!

Sede a sede...que acaba num copo De água suja
Segue a saga dos homens séqüitos... Aqueles!
Num ato, a secura se faz em olhos deslagrimados
O chão lascado de desesperança...
Se abre em fenda pro inferno...
A cabeça titubeia ante o corpo padecente
De gente...discente
Que finda na dor
E desconhece a piedade...

-Jaz aqui um corpo de gente morta!

-Se jaz...já é morto!Por aí disseram...a mais inocente das inverdades humanas.

-Dê-me as flores em grinalda...quero ornar teu leito...


© 2007 by Danilo Cândido

domingo, 29 de abril de 2007

O Lago




Me vejo no tal
Com num espelho
Quem vejo?!
Um corpo magrela
Olhando sem rumo
Pro fim do que não existe
Dentro e quase fora deste...
...corpo...
Uma alma fadada ...
Ao caos...!
Caçando esperança no fundo...
...do lago.


© 2007 by Danilo Cândido

sexta-feira, 20 de abril de 2007

Imortalidade Poética



Poeta adormecido que em mim descansa
Levanta-te e segue a poesia que nasce de tua alma
Incansavelmente à procura da mais perfeita confissão
Pra virar exemplo e inspiração pros que lêem tua mente num papel
Tira o véu que esconde tua face limpa
E se entrega ao ignoto mundo dos que sentem a vida diferente
Deixa ser da forma mais inocente
Numa rima simples e serena
Pra fazer nascer de novo o semblante da nova poética
Ressurgir o sentimento que consagra à vossa existência
Pra deixar algo no tempo, eternizado pro futuro
Tuas lembranças nas lembranças de quem lê
Pra nunca mais morrer, acorda desse sono...
E revela-te para sempre, para o mundo...
Assim, mesmo desacordado, morto, serás imortal.


© 2006 by Danilo Cândido

FOTO:Mário Eloy, Poeta, 1938 (Museu do Chiado).

domingo, 15 de abril de 2007

As Flores!




Florear...o meu estar
O bem...que vem de lá
Não sei de onde...
Ali se esconde...
Naquelas cores...
Que delas luzem
São luzes longe
São um perfume
De matar...
E é a morte
A velar...
Seguem elas coloridas
Com a luz de quem se foi
E o consolo pra quem fica
São elas...tão elas...e belas
Flores!

SEXTAVAR


Sextavar este planeta...
Solução talvez nem seja
Mas quem sabe ajudaria
Reinventar “D.Marias” e tantos “Josés”
“Marias-João”em outras das seis...
Faces que fazem-se farsas de gentileza
Quem sabe cortadas, fossem mais nós do que eu e você.
Dar seis faces a...
À nobre poesia do poeta
Ao amor dos amantes
À um mundo de gente colorida...
Brancos, pretos e mestiços...
Facear as muitas faces protegidas
Em sorrisos mal sorridos
Em abraços sem abraço
Sextavar...
Talvez nem seja...
Ajudaria?
Talvez não neste planeta..

© 2007 by Danilo Cândido Todos os direitos reservados ao autor

Boa vida...




Por noites findo meu ideário de boa vida
Seria este, um beijo em meio a multidão?
Abraços sorridentes, e mãos dadas em praça pública?
Declaração em papel passado em cartório?
De amor igualmente amor...
Na noite findo, contanto que ao menos em canto eu me faça
Enquanto se vai...a noite
Dos sonhos, a adormecer...
...a boa vida que me passa com o tempo.

© 2007 by Danilo Cândido Todos os direitos reservados ao autor

sábado, 31 de março de 2007

IDE


Ide!

Ide, pois não... Com a cabeça pesada nas costas
Um ligeiro semblante, um instante, ou dois...
Diga, pois, em aflição:

-Desejo sim ser liberdade!

A voz lhe diz:

-Pois não se vá... Não vá agora...

Inda é hora de pensar
Com a cabeça pesada nas costas.

© 2007 by Danilo Cândido

sexta-feira, 30 de março de 2007


Zero Hora!

A noite meia...viverá!
Mesmo em tempo de se ir
Será vida...a qual escrevo
Será sorte...será trevo
Será trevas?!
Nem sei disso...nem daquilo
Sei do nada que vos sou...
Quando a noite vem e leva...
No quase silêncio dela...
É nela que me vou...
Vou em vôo avoado!
Vou num coro acuado!
...De gente invisível... Chorando...
Enquanto isso, a noite meia...
...quase toda morrerá.


© 2007 by Danilo Cândido

terça-feira, 27 de março de 2007


...Junção.

Um inseto ortóptero saltador?!

...enquanto a mente reticente prossegue seu ato de pensar
Declamo meus mundos numa filosofia perdida
Entre o ato e a atuação...

A minha razão... Junção...

Vencidas idéias, prolongadas noites insólitas...
Enquanto não durmo, me vazam memórias e pensamentos...
...Clareia com o dia que vejo nascer
Pelas frestas da janela do mundo

Preciso transcender pra viver lá fora... Preciso?!

Preciso é de outra cabeça... pensar com uma já me é pouco.


© 2007 by Danilo Cândido


A porta!

A porta que abro
Que abre cabeças
A “porta poema”
A porta...
Sem tema...sem som
Só o som de quem a porta bate ...

Poesia desdentada?!
Poesia morta?!
Não me importa

Que a porta que ninguém se importa
Se abra...em cabeças ...
Em letras pretas num papel
Num rosto atrás dum véu
Num beijo sabor de mel
Num poeta...
Que abre a porta.

© 2007 by Danilo Cândido

segunda-feira, 26 de março de 2007

PALAVREARTE



Desgostar é...deixar o gosto naquele beijo
Desamor é encher de amor com um sorriso e lá deixá-lo
Desgraça é...dar graça sua à quem lhe deu aquele abraço
Antes apenas não se leu estas palavras com arte...


© 2007 by Danilo Cândido

sexta-feira, 23 de março de 2007

POÉTICA


Venho aqui pedir licença para expor um poema do nobre Manuel Bandeira...gosto muito deste em particular...



POÉTICA

Estou farto do lirismo comedido

do lirismo bem comportado

Do lirismo funcionário público com livro de ponto expediente

[protocolo e manifestações de apreço ao Sr. diretor

Estou farto do lirismo que pára e vai averiguar no dicionário

[o cunho vernáculo de um vocabulário

Abaixo os puristas

Todas as palavras sobretudo os barbarismos universais

Todas as construções sobretudo as sintaxes de exceção

Todos os ritmos sobretudo os inumeráveis

Estou farto do lirismo namorador

Político

Raquítico

Sifilítico

De todo lirismo que capitula ao que quer que seja fora de si mesmo.

De resto não é lirismo

Será contabilidade tabela de co-senos secretário do amante exemplar

[com cem modelos de cartas e as diferentes maneiras de agradar

[ás mulheres, etc.

Quero antes o lirismo dos loucos

O lirismo dos bêbedos

O lirismo difícil e pungente dos bêbedos

O lirismo dos clowns de Shakespeare

- Não quero mais saber do lirismo que não é libertação.

Manuel Bandeira.

RAZÃO...



Definir uma razão
Que nos diga alguma coisa
Seja ela tão louca quanto a própria loucura
Assim seja!
Numa exclamação que interroga
Que roga, com a euforia dos fanáticos.
A prece!
Com a pressa dos revoltos
Tão soltos
Quanto as linhas que escrevo


© 2007 by Danilo Cândido

terça-feira, 20 de março de 2007


“Contraversos”

Lídimo amor meu
Se perde de meus versos
Se vai pra onde achar repouso...
Enquanto dito...ditos poéticos

Sabor, não saboroso
sorriso de tanto chorar
sonolento de tanto dormir
boca seca de tanto calar...

Olhos cegos de tanto enxergar...
Enquanto enxergo sem nada nas vistas
Armadilha pra me libertar
Liberdade em letras fugidas


Solidão, minha companhia
a chegada é a triste partida
a verdade, a mais pura mentira...

Ilegítimo amor teu
Se encontra em meus versos
Se vai pra onde achar um pouso...

Contra tudo!Contra todos...

Meu poema controverso.


Copyright © 2007 by Danilo Cândido Todos os direitos reservados ao autor

ARBORÍCOLA



Quero arboricolar ...
Isso mesmo que eu quero
Ser fruto, ser folha, ser galho
ser do vento o balanço
Dançando no ar...
Quero arboricolar
Ser abraço e braço do ninho...
...passarinho
Festejar um dia lindo, tão solar
Arboricolar irei, antes que se faça toco...
Caído, cortado, ferido...
Fazer dela o meu lar
Arboricolar!


Copyright © 2007 by Danilo Cândido Todos os direitos reservados ao autor

sábado, 17 de março de 2007

PERFILANDO


Intermédio...entre o nada e o que não sei
Pressuposto...de um ser imposto, que não sou eu
Orfeu!
Alma doida de quem já renasceu...
...tanto!
Quimeras! De mim morreu...
Pranto!
Março findando...águas gotejam
Canto!
Olhem!me vejam!
Será?!...sou eu?!
Ancho!

Copyright © 2007 by Danilo Cândido Todos os direitos reservados ao autor

”Ying Yang”



Idiomatia
Matemática-idiomática
Internalista...aos extremos
”Ying Yang”
Barlavento...vento
Donde vem vosso incremento
Sai da fala
Cai palavra
Vira em letras...poemeto.

Copyright © 2007 by Danilo Cândido Todos os direitos reservados ao autor

NAVEGANTE



Circunavegando
Vagueia
Proa, barco, vela, sereia
Águas desse mar
Candeia
Terras a mirar
Mareia
Veia sangue doce
Porteia
Porto dos meus sonhos
Centelha
Aportar navegantes
Dessas vistas distantes
Capitão, comandante
Antes nunca sonante
Era só viajante...
Dentre mares...se via
Hoje jaz maresia...


Copyright © 2007 by Danilo Cândido Todos os direitos reservados ao autor

sexta-feira, 16 de março de 2007

"ESPÍRITO"


Se for...sei não...
Pobre e nobre ao mesmo tempo
Rastejando seu versejo sobre quimeras correntes
Invenções...não há palavra
Há imposição verbal!
Esvazia..és vazia...tele-visão
Vistando gente que dita e grita bem caladinho
Que tens tu que ser um homem normal...até social
Que pura balela...e ainda crêem?!
Se somos fadados a não pensar...
...Espera! Não somos!
Abra a cabeça...dos moldes se esqueça
E passe a ser mais filosofia...
Alongue seus músculos...não só aqueles que os fazem “homens-bomba”
Mas os que o fazem ser homem que pensa...que pensa?!

-Feliz daquele que sabe pensar!


Copyright © 2007 by Danilo Cândido Todos os direitos reservados ao autor

PASSARINHO



Passarinho...olha o vôo!
Mira de longe teus destinos
Passarinho...
Faz de mim teu pouso!
Ouso eu querer voar
Assim como tu...
Sai do ninho!
Pelos ares sem fronteiras
Sai de mim como uma idéia avoada
Olha o vôo, agora nosso...
Passarinho!

Copyright © 2007 by Danilo Cândido Todos os direitos reservados ao autor

quinta-feira, 15 de março de 2007

PULSANTE!



(In)pulso! Repulso e expulso
Nos nossos ante passos...aquela dita salvação
Se faz em mim como um dilema...
Sou eu meu tema...então me tema...
Me toma a veia e bebe o sangue...
Embebe e usa, reutiliza, depois idéia morta
De sangue avermelhado em cor...deixa de ser...
E passa por, por vida minha a ser...se for
A poetisa, ou o poeta, poema afora...
Enquanto o pulso pulsantemente
Expulsa o culto da minha mente
E repudia o “mundo-gente”
Pulsante...pensante...
Mas não distante...

Copyright © 2007 by Danilo Cândido Todos os direitos reservados ao autor

quarta-feira, 14 de março de 2007

O VIAJANTE!



Sou eu viajante, de terras distantes
Sem mesmo ser delas
Sou eu viajante...
Sou das terras fartas, o homem das farsas
As farsas sou eu ...quem dita e grita
Sou sonhos libertos,o filho de Rita!
Que nem sei quem é...
Quem é ou quem são...poetas dos mundos
Do mundo sou não...sou eu meu insumo
Caçando razão...num canto alheio...
É tanta emoção, ou nem tanta assim
Viajo distante e a carga carrego num pequeno verso
sonhando e querendo, sou eu viajante...distante e distante

Copyright © 2007 by Danilo Cândido Todos os direitos reservados ao autor

PSICODÉLICA - MENTE!



Dispersa mente...despeça-se deste...
Se faça em farsa, mas deixe...
Violando... violetas?!...nascem , ao som violado
Guitarrantes !Psicodeliamordamente!
Distinto, vestindo as minhas invenções...
Num manto sonoro em noites que prefiro não dormir
Quantos podem ser enquanto ouço e escrevo?!
Sejamos ser que somos nós, em tantos nós entrelaçados!
Enquanto nego, afirmo, o tempo é o mesmo, pra não dizer igual...
O amor, a mente, psicodélica - mente, é isso que estou...

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POESIA!(Acabei de improvisar)

À ela meus dias inteiros
Por ela meus mundos desabo
Em versos de letras disperas
Sou dela, menino e poeta...
Eterna...mente bela, poesia...é ela!

Danilo Cândido. Todos os direitos reservados.

segunda-feira, 12 de março de 2007

VELHA INFÂNCIA



Velha infância perdida
Nos livros, nos contos
Nos breves encontros
Nas poucas palavras
Tão sábias quanto o silêncio
Tão inocentes
E a sós se pensa melhor
Para tantas lembranças
Mil poesias
De tudo se viveu
De tudo se morreu
E se nascer de novo, que nasça
Pra nostalgia infame que nos aguarda
Do velho perigo de outrora
Em boa hora a lembrança nos deixa
E da velha infância que renasce
A verdade absoluta de mim
Até que provem o contrário
Seremos criança
Somos infância, velha... Mas somos.

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Imagem de Rosa Niehues
Philadelphia-PA-USA
www.rosaniehues.com