domingo, 30 de janeiro de 2011

Da reação...

Verso da reação
Reverso meu que os olhos ouvem
Fecho-os num tal transe
E a canção me leva
Num sopro de trombone
Ao revés do universo
Decido assim
Correr ao vasto
Laçar o invisível
E partir...

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Noturno I

Qual monte de coisas
Que em nada me vejo
Nesta morta madrugada
Segue tão ela, calada
em 4 horas de plena noite e quase manhã

A raiar somente
Em qual das mentes orbitará?

Pelo cuspir dos versos
Vendo o esculpir do tempo
Tão parvo e lento
Já me incorporo

Trava-se a batalha...
Que da porta em trava segura
Nada escapará

De mim
Se escapam nas insônias
As coisas do mundo
Serve-se em taças
Cujo o gole,
Transporta um sabor exótico
Ferve, reflete e flui.

*Coimbra,26 de janeiro de 2011.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Por um acaso dum verso destoado do predileto poeta meu.

curti mil horas de tédio e chuva lá fora e não estudei o que deveria
o clássico me entristece em se tratando de gregos...
melhor surtar um som dos mais antigos contemporâneos
e relembrar da South America dos meus delírios
viver pelo ócio queria eu um dia poder
antes de me pôr a crer no mesmo que toda a gente cafona
vem a tona meu súbito ar inspiratório de querer escrever e salvar meu inferno austral
meridiono e aponto pro oco do vazio do fim do mundo
finalizo
e durmo sem querer dormir.

Sal

O sal
Da lágrima que percorre a face
Goteja no atlântico
E vira rebuliços de ondas

Sentes a brisa que vem do mar?
Ouves o som?

São meus efeitos das terras de cá
Em revolta de querer estar onde estão todos os amores
Melhores e possíveis!