terça-feira, 6 de julho de 2010

Brisa.

Alta brisa

Mansa e maciça em sopro

Vaga ao léu via corpo de mar

Sobe ao sumiço oco do fundo...

De cabeça abaixo e pra cima.


 

Faz a rima no ar

Sem ao menos ser fala

Zune alto e se cala

...

E se cala.


 

Pois que mesmo sem voz

Diz aos pés dos ouvidos:


 

Curva sou,

Curva serei

Em ar, e pleno voo, adentro e veloz

Em meados de calma

Brisa morta e ressalva

que o silencio é som de brisa,

manta invisível de veludo

macio,

da pele

do corpo

e da alma.