terça-feira, 31 de julho de 2007

O meu progresso!

Desordem é progresso!
Mente parada provoca dengue!
Eu?Fujo do pecado por isso não vou à igreja
Enquanto se escondem
Vou invertendo pra converter
O que antes não era
Vai passar a ser.

Danilo Cândido. 2007.

sexta-feira, 20 de julho de 2007

Tardia

Tardia...se vai...
Calada só ela
Levando nas costas...estrelas
Sob o silêncio...dessa findada noite escura
Morde tua ansiedade...nua e crua
Cobre ela...cobre
Foge dela...foge
Se faz sorte
A tua própria, tardia, mas tua...


© 2007 by Danilo Cândido

A beleza...

A beleza, o belo!
Eles!Onde estão...?
Na tele-visão...na fala celular
Na marca que marca a quantia no bolso
No poço das futilidades públicas
Eles sonham com um outdoor
Com um amor conversível, parecido com uma Ferrari
Com um beijo caliente de Hollywood
Com flashes e ao menos 15 minutos de fama
Querem estar na próxima trama das oito pelo menos...
Isso é bonito!
Então celebremos sem dó e com toda altivez possível...
...VIVA!
A demência humana e toda a sua beleza!

© 2007 by Danilo Cândido.

Descrito



Descriturar aquele verso bandido
Das folhas secas que feitas de papel se foram...
Ecoando sob a sonoridade sonífera
A matar num sono!
Da fera se fez bela...
Poesia clichê!
Cheias de coisas bonitinhas pra se ler
Vou reverter
Em tantos “não sei”
Quantos me forem permitido dizer
Ser apenas o que posso...
E aqui posso...
Não calar
Não fingir
Não deixar o “ser”
Sendo o ato de pensar
O próprio fato...

-Vou deixar escrito num verso o meu amor!

© 2007 by Danilo Cândido

domingo, 8 de julho de 2007

NÓ!

Cada voz tua...que são mais de uma voz
Tão algoz e crua se faz em nós...nós que não desato
Um ato...o amor enlaço em teus sorrisos
Abraços!perdidos são eles...num descaso...
Meu vazio...
A mim dor que sou...prendido a sete chaves
Desnorteando...desnorteado...
Cego perdido...vedado ...
É dada a sentença...cabeças vão rolar
Enquanto isso palavras...vem tortas...e entortam
Desentortam sem nem notar...fazem ser delas herói...
Faz a minha, tua voz...nua e repleta de nós que não se deixam.


Danilo Cândido 2007.

sábado, 7 de julho de 2007

Tempo...tempo...

Um rio...ele corre, e leva o tempo
Tempo?ele morre...depois vira rio
E de novo deságua...nalgum lugar qualquer, ou no mar
Conto as horas, como quem conta os passos pra se atravessar um rio...
O mesmo que corre e leva o tempo... O Tempo que vai como um furacão,
Volta como um resquício de brisa,
E se aconchega na cabeça dos desavisados sem pedir licença,
E faz de cada minuto uma a história, cada momento uma memória...
E me deixo levar pelo rio, ou pelo vento... A transformar o tempo numa odisséia ...Num grito, ou num tique-taque...
Segundos perseguem minutos, que seguem as horas, e os dias se vão...
E as águas da vida continuam no seu ciclo ocioso,
E o vento dos anos continuam a soprar de norte a sul, de leste a oeste...
Seguindo as regras desse mundo velho,
Império de senhores e de tempos.

Danilo Cândido e Gus Stanley. Todos os direitos reservados.
“Diáspora”

Um clamor...se apercebe num vasto silêncio
Lá fora no meio das verdes árvores
Cantam liberdade...os pássaros
Em notas intraduzíveis de quem sabe guardar (em)cantos...
Enquanto um ser em revoltas...quase um diedro
Se agarra sozinho aqui dentro
Liberto? Inda não...
Quem dera ser pássaro...
Numa arritmia cardíaca sufocante
Por novos ares...
Tão novos quanto a velha vida minha
Que se prende nas também velhas e carcumidas intenções humanas
E antes que a mim neguem o direito à inferência
Agirei... Mesmo já no caminho da dispersão
Pois este é o caminho
Que me trará de volta.

Danilo Cândido 2007.