domingo, 29 de abril de 2007

O Lago




Me vejo no tal
Com num espelho
Quem vejo?!
Um corpo magrela
Olhando sem rumo
Pro fim do que não existe
Dentro e quase fora deste...
...corpo...
Uma alma fadada ...
Ao caos...!
Caçando esperança no fundo...
...do lago.


© 2007 by Danilo Cândido

sexta-feira, 20 de abril de 2007

Imortalidade Poética



Poeta adormecido que em mim descansa
Levanta-te e segue a poesia que nasce de tua alma
Incansavelmente à procura da mais perfeita confissão
Pra virar exemplo e inspiração pros que lêem tua mente num papel
Tira o véu que esconde tua face limpa
E se entrega ao ignoto mundo dos que sentem a vida diferente
Deixa ser da forma mais inocente
Numa rima simples e serena
Pra fazer nascer de novo o semblante da nova poética
Ressurgir o sentimento que consagra à vossa existência
Pra deixar algo no tempo, eternizado pro futuro
Tuas lembranças nas lembranças de quem lê
Pra nunca mais morrer, acorda desse sono...
E revela-te para sempre, para o mundo...
Assim, mesmo desacordado, morto, serás imortal.


© 2006 by Danilo Cândido

FOTO:Mário Eloy, Poeta, 1938 (Museu do Chiado).

domingo, 15 de abril de 2007

As Flores!




Florear...o meu estar
O bem...que vem de lá
Não sei de onde...
Ali se esconde...
Naquelas cores...
Que delas luzem
São luzes longe
São um perfume
De matar...
E é a morte
A velar...
Seguem elas coloridas
Com a luz de quem se foi
E o consolo pra quem fica
São elas...tão elas...e belas
Flores!

SEXTAVAR


Sextavar este planeta...
Solução talvez nem seja
Mas quem sabe ajudaria
Reinventar “D.Marias” e tantos “Josés”
“Marias-João”em outras das seis...
Faces que fazem-se farsas de gentileza
Quem sabe cortadas, fossem mais nós do que eu e você.
Dar seis faces a...
À nobre poesia do poeta
Ao amor dos amantes
À um mundo de gente colorida...
Brancos, pretos e mestiços...
Facear as muitas faces protegidas
Em sorrisos mal sorridos
Em abraços sem abraço
Sextavar...
Talvez nem seja...
Ajudaria?
Talvez não neste planeta..

© 2007 by Danilo Cândido Todos os direitos reservados ao autor

Boa vida...




Por noites findo meu ideário de boa vida
Seria este, um beijo em meio a multidão?
Abraços sorridentes, e mãos dadas em praça pública?
Declaração em papel passado em cartório?
De amor igualmente amor...
Na noite findo, contanto que ao menos em canto eu me faça
Enquanto se vai...a noite
Dos sonhos, a adormecer...
...a boa vida que me passa com o tempo.

© 2007 by Danilo Cândido Todos os direitos reservados ao autor