Poderia nesta noite deitar
Como se fosse pra isso
Poderia declamar meu amor
Pra ninguém que me ouve
Espero o silêncio tombar
No meu ato solitário de pensar
Que se esconde neste vão
Desta noite a qual me deito
Um céu, que deduzo
Pelo simples fato de estar sob um teto
Não é viável viver sem ter um céu
No qual o olhar se perde dos meus olhos...
Por debaixo deste há um protesto
Sobre a noite, sob um teto...
Sob uns versos e sobre mim.
Danilo Cândido. 30 de agosto de 2007.
quinta-feira, 30 de agosto de 2007
segunda-feira, 20 de agosto de 2007
Até a morte, quem dera...
Um ato despretensioso, e ocioso...só porque não quero mais pensar como antes?!
O nosso distante futuro, escuro só ele, e vazio
Faz um frio lá fora...
Não obstante eu vejo, um semblante multicor
Nos teus olhares em desencontro, nos quais encontro um conforto ao olhar
Um bem-estar mal sentido...
Um sentido sem norte
Um aporte pra sorte
Me fazer entender ...
Um querer tão bem quisto
E por isto eu me vejo um amante
De um amor empolgante
Tão forte...que o mar secou
Empatou o vento...
Provocou tormento
E matou.
Matou a morte, pobre ela
Até a morte quem dera,
Também se apaixonou.
Danilo Cândido.Publicado no Recanto das Letras em 14/08/2007
Código do texto: T606157
O nosso distante futuro, escuro só ele, e vazio
Faz um frio lá fora...
Não obstante eu vejo, um semblante multicor
Nos teus olhares em desencontro, nos quais encontro um conforto ao olhar
Um bem-estar mal sentido...
Um sentido sem norte
Um aporte pra sorte
Me fazer entender ...
Um querer tão bem quisto
E por isto eu me vejo um amante
De um amor empolgante
Tão forte...que o mar secou
Empatou o vento...
Provocou tormento
E matou.
Matou a morte, pobre ela
Até a morte quem dera,
Também se apaixonou.
Danilo Cândido.Publicado no Recanto das Letras em 14/08/2007
Código do texto: T606157
sexta-feira, 17 de agosto de 2007
Os sapatos.
Bati a porta...e sem mais despedi
Não mais vi quem queria...
Vi o dia renascer
Vi a morte pedir licença e passar
Vi o menino correr descalço
...e calei
Diante da porta, já fechada
Deixei os sapatos como lembrança
E ai de quem os tirar de lá.
Danilo Cândido, 2007.
Não mais vi quem queria...
Vi o dia renascer
Vi a morte pedir licença e passar
Vi o menino correr descalço
...e calei
Diante da porta, já fechada
Deixei os sapatos como lembrança
E ai de quem os tirar de lá.
Danilo Cândido, 2007.
Incerto
Das coisas...
Entendo que são do mundo
que são da ordem do progresso
Que são do universo
E não são minhas
Meu é o teu desespero
A tua voz-pensamento
E o tormento eterno
da incerteza que vejo de longe
Bastando olhar para eu crer
Na certeza do incerto...
Danilo Cândido.2007.
Entendo que são do mundo
que são da ordem do progresso
Que são do universo
E não são minhas
Meu é o teu desespero
A tua voz-pensamento
E o tormento eterno
da incerteza que vejo de longe
Bastando olhar para eu crer
Na certeza do incerto...
Danilo Cândido.2007.
DELÍRIO
Dos meus delírios
Um só cabe ao meu coração
Um só me faz reduzir a alma
A um singelo eu te amo
E desperta sem pressa
Um sorriso de ternura
Vestido de arte
E da parte do meu ser...
Que a ti pertence.
Danilo Cândido, 2007.
Um só cabe ao meu coração
Um só me faz reduzir a alma
A um singelo eu te amo
E desperta sem pressa
Um sorriso de ternura
Vestido de arte
E da parte do meu ser...
Que a ti pertence.
Danilo Cândido, 2007.
Viciante
Quando do corpo me perco
Invento e desisto por um milésimo...
...da vida de fora
E agora?
Me vejo sonhando, sorrindo, cantando
Na mais viajante das idéias
Sem tocar um vício sequer...
A não ser o vício de ser poeta
Danilo Cândido, 2007.
Invento e desisto por um milésimo...
...da vida de fora
E agora?
Me vejo sonhando, sorrindo, cantando
Na mais viajante das idéias
Sem tocar um vício sequer...
A não ser o vício de ser poeta
Danilo Cândido, 2007.
terça-feira, 14 de agosto de 2007
Do tempo...
Será?
Não sei...sei do tempo que passa
Sei da hora que embora me tenha nas mãos
Não me faz de babaca
Sei também das onze horas que vão se indo
Pra perto das doze...deixando a noite em metade
Sei eu da vontade...e do sopro friinho do vento nos pés
Pra calar o silêncio do grilo...que fala pra noite
Até ela ir...
E vai...com o “não saber”, um querer que virá
Um sorrir de verdade, com vontade de estar
Dentro das horas que sonham
Com o teu abraçar...
Será?
Não sei...sei do tempo que passa...
Danilo Cândido, 2007.
Não sei...sei do tempo que passa
Sei da hora que embora me tenha nas mãos
Não me faz de babaca
Sei também das onze horas que vão se indo
Pra perto das doze...deixando a noite em metade
Sei eu da vontade...e do sopro friinho do vento nos pés
Pra calar o silêncio do grilo...que fala pra noite
Até ela ir...
E vai...com o “não saber”, um querer que virá
Um sorrir de verdade, com vontade de estar
Dentro das horas que sonham
Com o teu abraçar...
Será?
Não sei...sei do tempo que passa...
Danilo Cândido, 2007.
Alheio...
Eu não consigo estar aqui...
Consigo estar aqui quando este aqui sou eu mesmo
Em mim, sou tão poeta quanto o Carlos, o Mário, o Manuel...
Um céu de estrelas, um mar delas
Ofuscam o que vêem meus olhos
Enxergo agora com a alma deles
E com a minha é claro...
E escrevo como quem conta ondas, ou estrelas
Como quem sonha ser pássaro
Navegar neste mar, ou voar neste “ar poesia”
Vou-me embora, porém, bem antes do dia ser luz
E antes, do bendito final feliz.
Danilo Cândido,2007.
Consigo estar aqui quando este aqui sou eu mesmo
Em mim, sou tão poeta quanto o Carlos, o Mário, o Manuel...
Um céu de estrelas, um mar delas
Ofuscam o que vêem meus olhos
Enxergo agora com a alma deles
E com a minha é claro...
E escrevo como quem conta ondas, ou estrelas
Como quem sonha ser pássaro
Navegar neste mar, ou voar neste “ar poesia”
Vou-me embora, porém, bem antes do dia ser luz
E antes, do bendito final feliz.
Danilo Cândido,2007.
Faz de conta
Faz de conta que não sou eu.
Não escrevo poesia nem poema
Não penso em nada que preste
Nem sei que horas são...
Sei dela, que espio na janela
E dele que vi pela brecha da porta
Sei da velha morta, quem matou?
Já descubro...
Sei do ente querido que acaba de chegar
Da criança que nasceu
Do Eliseu e da Maria
Que todo dia sai para a forra
Sei da nora do vizinho
E do redemoinho que isso vai dar
Por isso, faz de conta que não sou eu.
Danilo Cândido, 2007.
Não escrevo poesia nem poema
Não penso em nada que preste
Nem sei que horas são...
Sei dela, que espio na janela
E dele que vi pela brecha da porta
Sei da velha morta, quem matou?
Já descubro...
Sei do ente querido que acaba de chegar
Da criança que nasceu
Do Eliseu e da Maria
Que todo dia sai para a forra
Sei da nora do vizinho
E do redemoinho que isso vai dar
Por isso, faz de conta que não sou eu.
Danilo Cândido, 2007.
A crença
Ele me disse
Que vai chover
Que vou morrer
Que posso crer no que eu quiser
Posso crer:
No poeta, no padre, no pastor
No ator da novela
Posso crer no jornal
No aquecimento global
Num sorriso banal
E na verdade...
Na surrealidade
Na sua...
Na mulher nua
No político
No traficante
No livro velho na estante
No virtual
No “Não real”
No desigual
E no porvir...
Nas estrelas como sendo donas do céu
Na carta dita oficial
No policial e na propina
No corpo da menina
Crer eu posso...
No amor e na dor
Na justiça social, tão bonita...no papel
No véu...da noiva
Na uva do vinho
No El niño
No presidente da república
Nos filhos da puta
Na culpa
Na copa do mundo
Em Seu Edmundo da esquina
E no ministro da defesa
...e na musa do carnaval
No sonrisal posso crer
Pra depois na TV
Ver que sou tão igual
E volto a acreditar naquele
Que me disse,
Que vai chover
Que vou morrer
Que posso crer no que eu quiser.
Danilo Cândido. Publicado no Recanto das Letras em 14/08/2007
Código do texto: T606188
Que vai chover
Que vou morrer
Que posso crer no que eu quiser
Posso crer:
No poeta, no padre, no pastor
No ator da novela
Posso crer no jornal
No aquecimento global
Num sorriso banal
E na verdade...
Na surrealidade
Na sua...
Na mulher nua
No político
No traficante
No livro velho na estante
No virtual
No “Não real”
No desigual
E no porvir...
Nas estrelas como sendo donas do céu
Na carta dita oficial
No policial e na propina
No corpo da menina
Crer eu posso...
No amor e na dor
Na justiça social, tão bonita...no papel
No véu...da noiva
Na uva do vinho
No El niño
No presidente da república
Nos filhos da puta
Na culpa
Na copa do mundo
Em Seu Edmundo da esquina
E no ministro da defesa
...e na musa do carnaval
No sonrisal posso crer
Pra depois na TV
Ver que sou tão igual
E volto a acreditar naquele
Que me disse,
Que vai chover
Que vou morrer
Que posso crer no que eu quiser.
Danilo Cândido. Publicado no Recanto das Letras em 14/08/2007
Código do texto: T606188
domingo, 12 de agosto de 2007
Outro plano
Aonde eu caio...
Num desnortear, num ar de pureza
Na mais plena certeza
Tão certa...e bonita
Eu me distraio do resto
E empresto aos teus olhos
Um sorriso calmante de quem quer um bem
Tão imenso e propenso a querer tua calma
Em forma de alma...transparentemente desigual
Os meus planos nos teus...
...encantos de outrora
D’aurora dos olhos
Da hora em que seremos espírito.
Danilo Cândido.Publicado no Recanto das Letras em 14/08/2007
Código do texto: T606591
Num desnortear, num ar de pureza
Na mais plena certeza
Tão certa...e bonita
Eu me distraio do resto
E empresto aos teus olhos
Um sorriso calmante de quem quer um bem
Tão imenso e propenso a querer tua calma
Em forma de alma...transparentemente desigual
Os meus planos nos teus...
...encantos de outrora
D’aurora dos olhos
Da hora em que seremos espírito.
Danilo Cândido.Publicado no Recanto das Letras em 14/08/2007
Código do texto: T606591
Algum dia
Algum dia retratarei o “gran finale” nunca visto
Darei o beijo não só na face, mas no disfarce também
Serei o preto e o branco e um carrossel
Que vai girar e transformar a dor em alegria...
Verei o dia nascer morrendo
E cuspirei no prato que não comi
Rirei de mim e da humanidade
Declamarei verdades podres
E mentiras sutis
Marcharei desarmado pra guerra
Matarei sem nenhuma gota de sangue
Irei ao mais infeliz e distante
Pedir um abraço e uma reza
Dormirei depois disto
Com a vida lá fora tentando entrar
Enquanto vivo a minha e tão somente minha vida
Que é mais viva que a vida que bate lá fora!
Num sonho, sorrindo com a mão estendida...
Danilo Cândido.2007
Darei o beijo não só na face, mas no disfarce também
Serei o preto e o branco e um carrossel
Que vai girar e transformar a dor em alegria...
Verei o dia nascer morrendo
E cuspirei no prato que não comi
Rirei de mim e da humanidade
Declamarei verdades podres
E mentiras sutis
Marcharei desarmado pra guerra
Matarei sem nenhuma gota de sangue
Irei ao mais infeliz e distante
Pedir um abraço e uma reza
Dormirei depois disto
Com a vida lá fora tentando entrar
Enquanto vivo a minha e tão somente minha vida
Que é mais viva que a vida que bate lá fora!
Num sonho, sorrindo com a mão estendida...
Danilo Cândido.2007
sábado, 4 de agosto de 2007
Este...
Mundo este
Eu mesmo não o recuso
Sou dele...
Mas dele me esquivo
Em outros tantos...e tantos
Entre uma reticência e outra
Mais um segredo e mais poesia
Danilo Cândido. 2007
Eu mesmo não o recuso
Sou dele...
Mas dele me esquivo
Em outros tantos...e tantos
Entre uma reticência e outra
Mais um segredo e mais poesia
Danilo Cândido. 2007
sexta-feira, 3 de agosto de 2007
Surreal
Raízes e entranhas, parceiras dum abismo enterrado, no mais absorto infinito eu. Amortizando as opiniões, as inversões, as colisões...tudo é mental, surreal, somos real quando pensamos, apenas quando pensamos, do contrário somos apenas aquilo que se vê, entre um infeliz discurso e outro subjaz o fato, que antecede o ato e se faz real, e o que vemos real não é,o que pensamos sobre o que vemos, isso sim é real. Às vezes me canso de tanta coisa, que poderia sumir na fantasia para sempre, mas aí paro e penso melhor, a fantasia já estou vivendo, é a própria vida, a vida que vivo, e a que vivem por mim. Que tanta idéia me valha ao menos de consolo quando eu precisar ser consolado, ou de suporte pra eu suportar o insuportável. Eu neste mundo, sub...normal...num subsolo, bem lá embaixo da solidão e das minhas realidades proibidas.
Danilo Cândido.Escrito no dia 7 de junho e no dia 2 de agosto de 2007.
Presbiopia
Prestes a presumir meus ímpetos comportamentais numa sentença verbal
Que diga ela, ou que ao menos tente dizer
Dizer uma vida numa linha só
Aí são de uso livre as prerrogativas que puder usar
Então vou usá-las
Vou dizer que estas coisas que escrevo são vidas refugiadas
De quem pulou o muro...e passou pro outro lado sem deixar a vida
Só não enxerga quem não saber ver de perto.
Danilo Cândido.2007
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