domingo, 21 de outubro de 2007

Submerso

Há de vos ter bem nas entranhas
Que a estranheza não esconde
Altar na ponte
Logo debaixo, um mundo-mar

Mundo este, que me há de servir
Como sentença analógica (de analogia)

É como o eu, que se perdeu
Ante este breu de inconsciência.
Que afundo, ao fundo das tais águas de sal.

Indecência vossa é não me crer como verdade
Sou mesmo o mar,
Sou mesmo o mundo
Um ser imundo
Um desigual.

Da abissal profundidade deste habitat...
À terna vida que hei de ter à superfície

Se o mesmo vazio aguado meu
chamam de mar
Eu chamo de “eu”
Tudo isto que vos disse.

Danilo Cândido(20/10/2007-03h)

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