domingo, 3 de maio de 2009

Doidivanas

(sucinto e cantado)

Soube mesmo naquele instante
Que eu o mesmo não mais seria,
Se já não fora antes,
Tampouco agora viria...

(complexo e vazio)

Sou neste,
a febre e o frio
sou cada inversão do universo

não menos morto que um defunto
nem tão mais vivo que um transeunte.

Vomito tudo num verso
Me submeto à imersão.

Pertenço ao quarto... e ao quinto dos infernos.
Já devia ter previsto.

Talvez o último, talvez o próximo,
Talvez o fim.

Ou nada disto.

A ebulição, o furacão
via...
via de regra, via de fato
um branco e um vagão
pra me levar dessa invenção que beira o holocausto.

Publicado no Recanto das Letras em 03/05/2009
Código do Texto:T1573560
Copyright © 2008. Todos os direitos reservados.

Um comentário:

Unknown disse...

"Sou neste,
a febre e o frio
sou cada inversão do universo"

És tudo o que existe. És o teu mundo, teus poemas, tuas verdades, tuas palavras, teus gestos. Tudo equalizando em estados, ora caos, ora tchaus, ora felicidades.

Parabéns, como sempre!