O poeta, e a poesia maestrina a polir cada gesto e cada palavra,
Dando um ar de sombra fresca ao som duma bela voz em canção,
Virgulando, numa pausa acalmada, uma frase depois da outra,
A partir de então, tudo me envolve, me comove, me converte...
Remeto-me a um belo e distinto passado,
Daqueles que nos vem num “déja-vu”
Dedos que sonham,
são ventania,
turbulência...
São aparência e nada mais.
Fecham-se as portas
Desiluminam lares...
Morros...morrem no escuro do mundo.
Silenciam...
Deito no vazio intestino da alma,
Sobre a destreza indissolúvel da poesia.
Danilo Cândido.